domingo, 19 de maio de 2013

Muita diversão com Ziraldo



O nome de Ziraldo veio da combinação criativa dos nomes de sua mãe, Zizinha, com o de seu pai, Geraldo. Ziraldo Alves Pinto era o mais velho de uma família de sete irmãos. Em 1949, foi com o avô para o Rio de Janeiro. Em 1950 voltou para sua cidade para fazer o Tiro de Guerra e terminar o Científico. Em 1957, formou-se na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte. No ano seguinte casou-se com Vilma Gontijo com quem teve três filhos.

Artista desde pequeno, gostava de desenhar e de ler Monteiro Lobato, Viriato Correia, Clemente Luz, e as revistas em quadrinhos da época. A carreira de Ziraldo começou com colaborações mensais na revista "Era Uma Vez...". Em 1954 começou a trabalhar no jornal "A Folha de Minas", com uma página de humor.

Em 1957, publicou seus trabalhos na revista "A Cigarra" e, posteriormente, em "O Cruzeiro". Em 1963, começou colaborar para o "Jornal do Brasil". Trabalhou também nas revistas "Visão" e "Fairplay".

Como artista gráfico, Ziraldo fez cartazes para inúmeros filmes do cinema brasileiro. Nos anos 60, seus cartuns e charges políticas começaram a aparecer na revista "O Cruzeiro" e no "Jornal do Brasil". Personagens como a Supermãe e o Mineirinho tornaram-se populares. Ziraldo publicou a primeira revista brasileira do gênero quadrinhos feita por um só autor, reunindo "A Turma do Pererê ".

Em 1964, com o governo militar, a revista foi encerrada. Os personagens voltaram a ser publicados em 1975 pela Editora Abril. Durante o período da ditadura, Ziraldo lutou contra a repressão. Fundou, junto com outros humoristas, o mais importante jornal não-conformista, "O Pasquim", que incomodou o regime militar até o seu fim.

Ziraldo teve seu talento reconhecido internacionalmente com a publicação de suas produções em várias revistas da Inglaterra, da França, e dos Estados Unidos. No ano de 1969, ganhou o Oscar Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e o Merghantealler, prêmio máximo da imprensa livre da América Latina. Foi convidado a desenhar o cartaz anual da Unicef, honra concedida pela primeira vez a um artista latino.

Seu primeiro livro infantil, "Flicts", relata a história de uma cor que não encontrava seu lugar no mundo. Desde a década de 70, Seus cartuns percorrem revistas de várias partes do mundo. Alguns de seus desenhos foram selecionados para fazer parte do acervo do Museu da Caricatura de Basiléia, na Suíça.

Em 1979, Ziraldo publicou "O Planeta Lilás" e, no ano seguinte, ganhou o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro com o livro O Menino Maluquinho, que se transformou no maior sucesso editorial e foi adaptado para o teatro, o cinema e para internet, e teve uma versão para ópera infantil. Em 1989, começaram a ser publicadas a revista e as tirinhas em quadrinhos desse personagem.

Em 1994, alguns de seus personagens transformaram-se em selos comemorativos de Natal. Os livros de Ziraldo já foram traduzidos para vários idiomas. "Flicts" já foi enredo de escola de samba em Juiz de Fora e, no carnaval de 1997, Ziraldo foi novamente homenageado e desfilou no alto de um carro com um enorme Menino Maluquinho. Na televisão Ziraldo participou de inúmeros programas. Foi entrevistador na TV Educativa, com o programa "Ziraldo - o papo", no início dos 90.

Em 1999, criou, de uma só vez, duas revistas: Bundas e Palavra. Bundas foi uma resposta bem-humorada às revistas de celebridades. Por sua vez, Palavra se destinava a divulgar e discutir a arte que se faz fora do eixo Rio-São Paulo. No ano 2000, Ziraldo foi convidado para montar um parque de diversões temático em Brasília, o Ziramundo. No início de 2002, surgiu "O Pasquim21", um jornal semanal que tentou reviver, sem sucesso, o histórico O Pasquim.

No carnaval de 2003, Ziraldo foi homenageado pela escola de samba paulista Nenê de Vila Matilde, com o enredo "É Melhor ler... O Mundo Colorido de um Maluco Genial". Em 2004 Ziraldo ganhou, com o livro Flicts, o prêmio internacional Hans Christian Andersen. Sua arte gráfica também pode ser identificada em logotipos, ilustrações, cartazes do Ministério da Educação, camisetas e símbolos de campanhas públicas ou privadas.

Dicas de Leitura - Ziraldo.

  • ABZ do Ziraldo - Neste dois volumes estão reunidas as vinte e seis histórias escritas por Ziraldo para contar as aventuras dos personagens mais inesperados da literatura infantil: as próprias letras do Alfabeto. As letras movimentam-se na fantasia do autor - e agora, na imaginação dos leitores - como se fossem seres vivos, cheios de vontade própria, de sentimentos, de ânsia, de dúvidas, de tristezas e alegrias. Elas mais parecem gente do que letras.
        Veja AQUI publicação sobre o livro na FOLHA DE S.PAULO -   Capa - SÃO PAULO - SP - 19/05/2012.



  • O menino maluquinho - Na grande obra infantil de Ziraldo, verso e desenho contam a história de um menino traquinas que aprontava muita confusão. Alegria da casa, liderava a garotada, era sabido e um amigão. Fazia versinhos, canções, inventava brincadeiras. Tirava dez em todas as matérias, mas era zero em comportamento. Menino maluquinho, diziam. Mas na verdade ele era um menino feliz.
  • Ziraldo em cartaz - O livro reúne cerca de 300 cartazes feitos pro Ziraldo nos últimos 50 anos entre trabalhos para cinema, teatro, shows, eventos, peças publicitárias e campanhas educacionais e políticas. Por meio de seus cartazes e de sua visão artística, o leitor pode ter um panorama da cultura brasileira e acompanhar a evolução das artes gráficas no país. Uma obra especialmente rica na descrição de técnicas de design e que valoriza a arte de Ziraldo como desenhista.
  • As anedotinhas do bichinho da maçã - O livro reúne as mais famosas "Anedotas do Bichinho da Maçã". São piadas divertidas para as crianças contarem, decorarem e se divertirem com os amigos.
  • O grande livro das tias - Este livro é uma declaração de amor às tias, essa bela instituição que, por sua simples existência, abre para nós, seus sobrinhos, a possibilidade de sermos mais felizes. Quando Ziraldo diz que “a tia é o melhor amigo do Homem”, está falando, é claro, da criança que vive dentro de cada ser humano, seja menino, seja menina.
  • Meu amigo canguru - Ziraldo, escritor, desenhista e artista, faz ilustrações bem humoradas de diversas situações, em que o canguru é o personagem central.
  • Os meninos de Marte - Eles têm antenas, são verdinhos e, encantados pelo verde da Terra, elegem o planeta como favorito. Uma história repleta de referências literárias que vão desde Olavo Bilac até Carlos Drummond de Andrade e, na linguagem de Ziraldo, atingem brilhantemente o imaginário infantil.
  • O menino quadradinho - Chamavam-no “O Menino Quadradinho” porque, diziam, estava preso dentro das histórias em quadrinhos. Mas não era verdade. Ele tinha milhões de amigos, todos os heróis, nacionais e estrangeiros, que povoavam o seu mundo colorido. Até que, um dia, ele acorda assustado, mergulhado numa floresta sem cores. Descobre que foi parar do lado de fora de seus quadrinhos. Depara com letras, pontos, palavras que se embaralham e o confundem a princípio, mas que pouco a pouco ele passa a entender.
  • Vinte anos de prontidão - Maravilhoso material. Publicado pela primeira vez em 1984, obra reúne charges e caricaturas de Ziraldo sobre a política brasileira, após a ditadura militar.
  • A bela borboleta - O gato de botas convocou os personagens de outras histórias para um salvamento muito importante. Branca de Neve, Peter Pan e outros participam dessa história.
  • O  joelho juvenal - Juvenal era o joelho de um menino levado... Pulava, corria, nadava, tropeçava, caía... Vivia esfolado, escalavrado, é verdade, mas tinha muitos momentos alegres e felizes. Só que o menino cresceu, e Juvenal tem agora uma reivindicação a fazer.
  • Flicts - Tudo tem cor. O mundo é feito de cores, mas nenhuma é "Flicts". Uma cor rara, frágil, triste, que procurou em vão um amigo entre outras cores, que não encontrou um lugar para ficar. Abandonada, "Flicts" olhou para longe, para o alto, e subiu, para finalmente encontrar-se.

  • A turma  do Pererê - O livro traz todos os personagens da Turma do Pererê em incríveis aventuras que farão o leitor imaginar que está passando um ano inteiro na companhia dos personagens da Mata do Fundão. Um lugar onde o sol nasce sempre bonito, o dia tem muito tempo para brincar e a noite tem um luar enorme! A Turma do Pererê surgiu na década de 60 e foi a primeira revista em quadrinhos feita por um só autor com personagens brasileiros. Inspirada nos índios, bichos e personagens das lendas e do folclore brasileiro, a revista recebeu em novembro de 2006, em Portugal, o Prêmio de melhor história em quadrinhos do mundo no século XX. A premiação aconteceu no Salão Internacional de Banda Desenhada, evento mais importante do mundo neste segmento, onde foram escolhidas as 100 melhores histórias em quadrinhos do século XX e apenas um brasileiro ficou entre os selecionados: Ziraldo.

*** Tem muitos outros títulos incríveis desse autor para ler e trabalhar com os alunos em sala de aula, busque mais informações nas dicas abaixo.

Dicas para saber mais sobre o autor Ziraldo:

Vamos brincar e assistir o menino maluquinho?!!! Este é para mim e para muitos a personagem mais famoso do Ziraldo.

      Abertura da desenho


Desenhando o menino maluquinho : 


Um menino muito maluquinho. Episódio 1:



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