domingo, 31 de março de 2013

DICAS DE LEITURA PARA SEMANA: Ana Maria Machado para alfabetizar com prazer literário


Biografia de Ana Maria Machado:



   Ana Maria Machado (1941) é escritora, jornalista brasileira. Autora de livros infantis, foi a primeira desse gênero, a fazer parte da Academia Brasileira de Letras. Foi eleita para a presidência da Academia, para o biênio 2012/2013.
          Ana Maria Machado (1941) nasceu em Santa Tereza, Rio de Janeiro, no dia 24 de dezembro de 1941. Foi aluna do Museu de Arte Moderna. Iniciou a carreira de pintora, participou de exposições individuais e coletivas. Formou-se em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na mesma universidade, lecionou no curso de Letras.
         Abandonou a carreira de pintora para se dedicar aos livros. Nos anos sessenta, foi exilada pelo regime militar, indo morar na Europa. Em Paris, trabalhou na revista Elle. Fez doutorado em linguística orientada por Roland Barthes.
         De volta ao Brasil, Ana Maria retomou o seu projeto de escrever livros infantis. Em 1977, ganhou o prêmio João de Barro pelo livro "História Meio ao Contrário". Em 1979, fundou a primeira livraria dedicada a livros infantis no Brasil, a Malasartes.
          Em 1993, foi hors concours do prêmio da Fundação Nacional do Livro Juvenil. Em 2000, ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel de Literatura Infantil Mundial. Em 2001, recebeu o Prêmio Literário Nacional Machado de Assis, na categoria conjunto da obra. Atualmente tem mais de 100 livros publicados.
         Ana Maria Machado ocupa a cadeira nº 1 da Academia Brasileira de Letras. Foi eleita presidente para o biênio 2012-2013. Foi a primeira escritora de livros infantis a fazer parte da ABL.

Dicas para leitores iniciantes:
  • Menino Poti - Lá na mata vive o menino Poti, que é amigo dos animais. Poti levava um pote cheio de bananas dentro de uma canoa quando avistou um macaquinho ferido. A história do menino Poti diverte e ensina quem está na primeira fase da série Mico Maneco, que possui palavras bem simples.
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sexta-feira, 29 de março de 2013

LITERATURA INFANTIL: UM MUNDO DE IMAGINAÇÃO, SONHOS E FANTASIAS




A criança que desde muito cedo entra em contato com a obra literária escrita para ela terá uma compreensão maior de si e do outro. Terá a oportunidade de desenvolver seu potencial criativo e ampliar os horizontes da cultura e do conhecimento, percebendo o mundo e a realidade que a cerca. Para Bettelheim (1996),

enquanto diverte a criança, o conto de fadas a esclarece sobre si mesma, e favorece o desenvolvimento de sua personalidade. Oferece significado em tantos níveis diferentes, e enriquece a existência da criança de tantos modos que nenhum livro pode fazer justiça à multidão e diversidade de contribuições que esses contos dão à vida da criança (p.20).

A LITERATURA INFANTIL NOS PRIMEIROS ANOS ESCOLARES E A PEDAGOGIA DE PROJETOS





Ouvir e ler histórias é entrar em um mundo encantador, cheio ou não de mistérios e surpresas, mas sempre muito interessante, curioso, que diverte e ensina. É na relação lúdica e prazerosa da criança com a obra literária que temos uma das possibilidades de formarmos o leitor. É na exploração da fantasia e da imaginação que instiga-se a criatividade e se fortalece a interação entre texto e leitor. Quem de nós não lembra com saudades das histórias lidas e ouvidas quando crianças? Daquela historinha contada por nossos pais ao pé da cama antes de dormir? Ou daquela contada e interpretada pela professora nas primeiras séries do ensino fundamental?

Na interação da criança com a obra literária está a riqueza dos aspectos formativos nela apresentados de maneira fantástica, lúdica e simbólica. A intensificação dessa interação, através de procedimentos pedagógicos adequados, leva a criança a uma maior compreensão do texto e a uma compreensão mais abrangente do contexto. Uma obra literária é aquela que mostra a realidade de forma nova e criativa, deixando espaços para que o leitor descubra o que está nas entrelinhas do texto.

A literatura infantil, portanto, não pode ser utilizada apenas como um "pretexto" para o ensino da leitura e para o incentivo à formação do hábito de ler. Para que a obra literária seja utilizada como um objeto mediador de conhecimento, ela necessita estabelecer relações entre teoria e prática, possibilitando ao professor atingir determinadas finalidades educativas. Para tanto, uma metodologia baseada em um ensino por projetos é uma das possibilidades que tem evidenciado bons resultados no ensino de língua materna.






* Texto de Cíntia Maria Basso. 
*Ver na íntegra em:

quinta-feira, 28 de março de 2013

Literatura faz bem para a saúde


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"É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra." O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?
Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C. o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.
A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia - ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903-1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: "Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades".
Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos num jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator ("O Iluminador", em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo "biblioterapia" passou a designar essas atividades. Logo surgiu a "poematerapia", desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.
Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo - A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.
Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.
*Moacyr Scliar é médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

*Texto extraído na íntegra do site planetasustentavel.abril.com.br

Conheça a autora Sylvia Orthof


Conheça a autora S...
: Dicas de Leitura para Semana!!! Conheça a autora Sylvia Orthof. A maior parte da sua produção literária é adequada aos leitores inicia...

domingo, 24 de março de 2013

DICAS DE LEITURA PARA SEMANA: Luiz Raul Machado

           O autor escolhido dessa semana  é carioca e se chama Luiz Raul Machado.  É escritor, redator e especialista em literatura infantil.  Em 1995, ganhou o prêmio Orígenes Lessa – O Melhor para o Jovem.  Luiz Raul trabalhou como jornalista por 20 anos, mas o que mais gosta de fazer é escrever histórias divertidas para  a garotada.

Divirta-se e se emocione com os maravilhosos trabalhos  desse autor...Vejam abaixo alguns de seus trabalhos, mas não parem por aí...tem muito mais. Conheci Luiz Raul  Machado pessoalmente no Salão do livro em 2012 no  Rio de Janeiro e logo em seguida pude participar de uma aula sua no curso "Leitura, literatura e formação de leitores"  pela FNLIJ, pessoa incrível!!!
  • O galo Pererê -  O galo Pererê tem cheiro de mato molhado e jeito de  quem brinca com o vento. Fala de certo galo que cantava tão bonito, mas  tão bonito... E aí, tá esperando o que pra ouvir o galo cantar?

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sábado, 23 de março de 2013

Ótimas dicas para  trabalhar literatura com os pequenos...


Veja:

http://www.brasilsolidario.org.br/blogamigosdoplaneta/?p=39914

PARTICIPE DO 12º CONCURSO FNLIJ LEIA COMIGO!

FUNDAÇÃO NACIONAL DO LIVRO INFANTIL E JUVENIL

Ainda da tempo, veja  aqui http://www.concursos-literarios.blogspot.com.br/2013/02/31032013-12-concurso-fnlij-leia-comigo.html maiores informações!!!







Precisamos conhecer mais de nós!!!

Dica de Leitura: conheça Daniel Munduruku.






quarta-feira, 20 de março de 2013

LETRAMENTO, ALFABETIZAÇÃO E LITERATURA INFANTIL:

UMA RELAÇÃO POSSÍVEL E NECESSÁRIA


"(...)sugerimos recorrer à literatura infantil, considerando-a capaz de ampliar o nível de letramento das crianças e de estimulá-las a aprender a ler e a escrever, revestindo a prática pedagógica de ludicidade." 

(LUCAS, Maria Angélica Olivo Francisco – UEM)


Ótimo texto!!! Essa é a minha prática e vai de encontro com o que penso sobre alfabetização e literatura. O aluno  envolvido no mundo literário tem a alfabetização mais tranquila, pois se dá naturalmente, sem pressão de forma fluida. Sei que existem casos mais complicados, diversas realidades , no entanto, a rotina da literatura na sala de aula permite ao aluno vivenciar múltiplas realidades, enriquecendo sua vida, seu vocabulário, sua leitura de mundo, viabilizando sua aprendizagem. 
O professor da Rede Municipal do RJ, tem acesso aos melhores livros de literatura nacionais e internacionais que são disponibilizados nas salas de leitura de todas as escolas. Já passei por várias escolas da rede, não me baseio em pesquisas oficiais, mas na minha observação, e com base nela, posso afirmar, que as escolas que conseguem injetar nos seus alunos e professores o hábito pela leitura de livros literários atingem melhores resultados.
A literatura tem o poder de nos tocar,  nos instigar, incomodar e transformar. Nós professores podemos fazer essa ponte, mediando o contato do aluno com a literatura dentro de um universo lúdico  Esse movimento facilitará e viabilizará o nosso trabalho e enriquecerá o universo dos alunos.

Veja o trabalho na íntegra:  http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5060_2491.pdf


Nós, professores da SME/RJ podemos transformar o nosso Rio, em uma verdadeira cidade de leitores.



terça-feira, 19 de março de 2013

Dez dicas de leitura para qualquer época do ano

A Revista Veja publicou em 2011 uma lista de livros selecionados pelo jornal americano New York Times para leitura em "qualquer época do ano". Como a lista é realmente boa, vale relembrar. Veja no link:



Dez dicas de leitura para qualquer época do ano

SORRIR E SER FELIZ É POSSÍVEL


   Soneto de felicidade

Vinicius de Moraes

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.




segunda-feira, 18 de março de 2013

LUTO

     Infelizmente hoje não tenho boas notícias. Uma aluna da nossa turma 7.000 faleceu na noite passada, eu ainda não tinha  tomado conhecimento, mas ela tinha uma doença que acabou levando-a de nós. Difícil, muito difícil para turma lidar com a perda de uma colega de classe.
      A turma se mobilizou hoje e escreveu cartas e bilhetes para a amiga. Foi emocionante ver aquelas crianças tão sensibilizadas. 
     Vamos seguir nossos caminhos  e guardá-la em nossos corações.

domingo, 17 de março de 2013

Dicas de Leitura para Semana!!!


         Conheça a autora Sylvia Orthof. A maior parte da sua produção literária é adequada aos leitores iniciantes e a leitura oral para as crianças em fase de alfabetização. Nos livros de Sylvia nossos alunos e filhos vão encontrar uma linguagem coloquial, humor, temas importantes para construção do indivíduo e um mergulho na poesia.


  • Os bichos que tive. "Ótimo" - Rã, coelho, cachorro, gato, bicho-papão e até bicho de pé. Todos eles e muitos mais estão nestas 'Memórias Zoológicas' em que Sylvia Orthof não poupa humor ao recordar seu relacionamento com os 'animais de estimação', na infância. Em seu divertido texto, a autora mostra as alegrias, os problemas e muitas surpresas que temos na convivência diária com alguns 'bichinhos'. E até mesmo um ser imaginário, o bicho papão, ganhou uma história só para ele.

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"O livro não muda o mundo, quem muda  o mundo são as pessoas. O livro só muda  as pessoas".

                                                                                                                                   (Mário Quintana)


      Esse ano ganhei um presente depois de uma turbulenta exoneração e posse de uma nova matricula com jornada de quarenta horas. Estava em uma deliciosa calmaria, em uma escola acolhedora e cercada de amigos e alunos leitores já adaptada e confiante no que desempenhava em "minha" Sala de Leitura. Agora, estou eu em processo de adaptação com o meu novo presente, uma turma de Projeto 7.000, em uma escola nova, equipe nova, coordenadoria nova. Está sendo um desafio. A turma ainda não foi alfabetizada, mas sinto que estão abrindo seus ouvidos às minhas insistentes leituras diárias de livros de literatura adequados para idade da turma, está sendo um processo de conquista difícil, mas sei que estou no caminho certo.São crianças que vivenciam no seu cotidiano uma rotina violência e abandono. Sei que não poderei contar com as famílias. São crianças com a auto estima muito baixa e acostumadas a desistir dos sonhos. Quero plantar e fazer essas sementes germinarem através das histórias que no momento estou lendo para eles, e que com certeza até o final do ano eles estarão lendo para mim, para seus pais e para o mundo, transformados em leitores e consequentemente escritores e donos de suas trajetórias. Poderão sonhar.
    Decidi postar aqui, espero que com muita frequência, as nossas conquistas. Até a próxima.