domingo, 28 de abril de 2013

DICAS DE LEITURA: Por quê conhecer Marina Colasanti?

Vida e Obra de Marina Colasanti



      Marina Colasanti nasceu em Asmara, na Africa, morou até os 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Onde desembarcou com sua família em 1948, fixando-se no Rio de Janeiro.

Cursou em 1952 a Escola Nacional de Belas Artes, estudando pintura também com Catarina Baratelle, deste ano até 1956. Dois anos depois ela já estava integrando os diversos salões de artes plásticas. Nos anos que se seguiram ela trabalhou igualmente com o jornalismo e a literatura. Ela escreveu para vários veículos, apresentou programas televisivos e criou alguns roteiros. Ao mesmo tempo ela se devotou ao universo literário e lançou sua primeira obra, Eu Sozinha, em 1968. Publicou 32 obras entre elas livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia. Profundos laços ligam Marina à poesia - evidenciados em Rota de colisão (prêmio Jabuti) e mais uma vez estreitados em Gargantas abertas.

      Marina apresenta em sua obra a marca da diversidade, entre contos, poesias, produções em prosa, literatura infanto-juvenil. Sua primeira publicação infantil foi o livro de contos Uma Idéia toda Azul, de 1979, que logo conquistou o prêmio O Melhor para o Jovem, concedido pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

    Outros prêmios conquistados pela autora foram os da Câmara Brasileira do Livro, da Associação Brasileira de Críticos de Arte, do Concurso Latinoamericano de Cuentos para Niños, promovido pela FUNCEC/UNICEF, e o Prêmio Norma-Fundalectura latino-americano.
   Marina Colasanti é um caso raro de talento literário múltiplo. Sua personalidade diversificada talvez possa ser compreendida pelas múltiplas atividades que exerce no campo da cultura desde sua formação em belas-artes até a prática jornalística.


Se você não conhece e nem nunca ouviu falar de Marina Colasanti, não perca mais tempo. Assista aqui um video onde a própria se apresenta para você.




Livros e mais livros para vocês...

  • Classificados e nem tanto, poesia (2010) - É um livro para todas as idades! Da criança ao idoso, fazendo que um desfrute idade do outro... “Classificados e Nem Tanto” é leve e profundo, é ligeiro mas exige meditação. Certamente que os jovens saberão decifrar a ironia e a sabedoria dos textos. Os adultos, que não se consideram nem crianças nem idosos, vão sentir a mesma sensação, mas nem tanto... a menos que leiam como jovens de todas as idades.
  • Poesia em 4 tempos, poemas (2007) - “Lembrando de Mim”, “Contando os Outros”, “Olhando a Natureza”, “Pensando o Hoje” são os subtítulos que dividem Poesia em Quatro Tempos de Marina Colasanti, uma das mais importantes escritoras da literatura brasileira. Mais uma vez, com seu inegável talento transforma o cotidiano em linguagem poética. A respeito do livro a autora comenta: escolhi poemas – alguns já publicados, outros inéditos – que tratam de temas comuns a todos e a todas, as idades.
  • Minha ilha Maravilha, poemas (2007) - São 35 poemas, a maioria com versos curtos e poucas estrofes. Poucas palavras, muito significado. Usando com astúcia os recursos poéticos (sonoridade, cadência, rima, figuras de linguagem...), a poeta reuniu nesta "ilha" pequenas cenas do cotidiano, observações, visões e sensações. Tudo banhado de ludicidade e com um toque de fantasia.
  • O homem que não parava de crescer, juvenil (2005) -Crescer é difícil, doloroso, desconfortável e irritante. Imagine se acontece de repente, num exagero de tamanho. Gul descobre que não esta sozinho nessa aventura, mas a parte mais complicada ele vai ter que resolver com suas próprias capacidades.
  • 23 histórias de um viajante, contos (2005) - Um viajante chega a cavalo às portas de um reino onde um príncipe vive isolado do resto do mundo. Fascinado pelas histórias que o outro lhe traz, o príncipe decide acompanha-lo na travessia das suas próprias terras. Enquanto avançam, o viajante conta. Narrar é viajar.
  • Uma estrada junto ao rio, conto infantil (2005) - Esta é a história de uma estrada menina, coberta de asfalto, que se estendia por um vale. Era uma estrada útil; por ela passavam carros, charretes, bicicletas, pessoas. Mas ela não se sentia feliz. Achava sua vida muito chata. Seu sonho era ser livre como um pequeno rio que corria ao seu lado. E tanto o admirou que decidiu imitá-lo. Com a ajuda da brisa, despenteou seu asfalto liso e brilhante, tornando-se toda encrespada. Mas, com esse seu novo jeito de ser, ela já não tinha utilidade para as pessoas. E também não conseguira se tornar um rio... Como ela encontraria sua identidade?
  • A moça tecelã, conto de fada (2004) - Em A Moça Tecelã, tecido pelas palavras mágicas de Marina Colasanti, artesã da sintaxe, do jogo lingüístico, dos sentidos simbólicos, ganha nesta publicação o trabalho de outros artesões - das irmãs Dumont, as bordadeiras, que transformaram em fios artesanais os desenhos de Demóstenes. O resultado é um livro belíssimo! Ímpar! Palavras, traços e tapeçarias se entrelaçam para levar o leitor, aparentemente, a um outro tempo. Tempo em que os homens, guerreiros, partiam para as batalhas e as mulheres encontravam na arte do tear o espaço para viver a longa e difícil espera. Porém, no conto criado por Marina Colasanti, a moça não espera... A moça tecelã constrói no tear sua própria história. Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe (...) ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou como seria bom ter um marido. Ao se descobrir infeliz, a moça tecelã, durante a noite, segurou a lançadeira ao contrário e desfez o marido.
          

  • Penélope manda lembranças, contos juvenis(2001) - Uma mulher que também pode ser uma felina, um homem que de repente se vê na condição de inseto, uma luva que controla os movimentos da mão... Em seis contos inéditos, expondo situações inusitadas, Marina Colasanti provoca e prende o leitor.
  • A amizade abana o rabo, conto infantil (2001) - A história desse livro realmente aconteceu, é verdade. Meiga e Maribel existem. E Millord também. Mas o que esses cachorros têm de tão especial para se tornarem personagens da Marina Colasanti? A resposta é simples: a amizade, um sentimento que foi capaz de transformar uma tragédia num ato de amor. Tudo começou perto do Natal, quando Tusca, uma cachorrinha grávida, fugiu da fome e procurou um lugar acolhedor para ter seus filhotes - entre eles, Meiga e Maribel (que acabaram ficando na casa). Millord, um cão inteligente e sério, atento às coisas do amor, apareceu depois (foi poupado da matança que vitimou seus companheiros), e acabou salvando a vida de Meiga que com a sua mania de caçar, acabou virando caça. "A Amizade Abana o Rabo" é uma linda e comovente história que nos mostra que um final se constrói bem antes do fim, e que, muitas vezes, no meio do caminho devemos escolher como ele vai continuar.
  • Um espinho de marfim e outras histórias, antologia de contos de fada (1999) - Os leitores acostumados, desde a infância, ao convívio com lendas e histórias fantásticas, situadas em castelos e mundos habitados por reis e princesas, leões e pombos, serpentes, príncipes e unicórnios irão rever, nos textos de Marina Colasanti, o mágico faz-de-conta dessas lembranças. E como o gostar, quase sempre, deriva do conhecimento, irão percorrer o velho e o novo guiados por um olhar que incide, epifanicamente, no feminino. Princesa, rosa, sereia; tecelã, rainha, prostituta; aldeã, esposa, mãe ou amante, a mulher é o centro de uma cosmogonia. Os papéis que desempenha e os espaços sociais que ocupa, revelam uma visão quase essencialista do gênero.
    Retratando "cenas da vida privada", a autora trata questões substantivas, como o amor e a morte, o preconceito, o desafio, a competência, a maternidade. Disso resulta um nível ótimo de generalização que transforma esta história na História Geral de todas as mulheres.
  • Ana Z., aonde vai você?, juvenil (1997) - Penetrando num mundo fantástico, habitado pelos mais insólitos personagens, a joven Ana Z. descobre a si mesma.
  • Histórias de amor, contos (série "Para gostar de ler" vol.22) (1997) - Onze histórias de grandes autores da literatura mundial mostram o amor em diferentes épocas e situações. As fantasias, o medo, a dor, a força de quem ama são revelados em textos fascinantes, que tocam fundo a alma do leitor. Dentre eles a nossa Marina Colasanti.
  • Longe como  o meu querer, juvenil (1997) - Uma jovem enfrenta um ogre comedor se sonhos; um rei presenteia a filha com a cabeça do seu amado; uma mulher tem a lua sob a pele - "Longe Como o Meu Querer" mostra um universo mágico de personagens encantadores, reinos distantes e paisagens longínquas onde tudo pode acontecer. Amor, ambição, coragem, desejo, solidão: os contos de fada tratam de sentimentos comuns a todos nós. Assim, por meio de alegorias delicadas, as histórias de Marina Colasanti revelam aspectos essenciais da alma humana.
  • Eu sei mas não devia, crônicas (1995) - Rubem Braga, talvez o maior cronista brasileiro de todos os tempos, costumava dizer que os jornais esquecem de noticiar uma coisa muito banal: a vida. Um cronista dos dias de hoje, porém, sempre pareceu ir contra esta corrente, ao fazer dessa mesma vida o tema por excelência de seus artigos e observações. Usando como matéria-prima as emoções e os sentimentos que os fatos em si só fazem corroborar, Marina Colasanti há anos observa e analisa com lucidez uma variedade de assuntos. Para todos oferece comentários que provocam reflexão, por não segregar o discernimento da emoção.
    As crônicas de Marina fazem parte de um conjunto que a autora constrói por meio de suas diversas atividades – jornalismo, televisão, literatura em prosa e verso e artes plásticas. Nelas, os fatos e as questões do dia-a-dia são tratados com emoção e objetividade. Eu sei, mas não devia é uma coletânea em que a habilidade da autora no trato de assuntos tão diferentes como amor, meninos de rua, solidão aparece de forma contundente.
                    

  • Um amor sem palavras, conto infantil (1995) - A sombra daquela árvore adorava seu ofício: acolher homens e animais, refrescar a terra, proteger os frutos e as raízes. Um dia, desconfiou que a árvore não gostava dela, porque as duas nunca haviam trocado uma só palavra. A árvore, sempre quieta e altiva, nunca olhava para a sombra que, magoada, resolveu abandoná-la...
Um amor sem palavras
  • Entre a espada e a rosa, contos de fada ( 1992) - Entre a espada e a rosa traz todos os elementos dos contos de fadas: reis, rainhas e princesas. Tomando por base este tema clássico, a autora conta várias histórias de surpreendente beleza e sensibilidade.
Entre a Espada e a Rosa
  • Cada bicho seu capricho, poemas (1992) - Cada bicho tem seu jeito, cada bicho, seu capricho. E cada um é flagrado pelo olhar bem-humorado e amoroso de quem conhece as palavras e os bichos.
    Cada bicho seu capricho

  • A mão na massa, conto infantil (1990) - No tempo mágico dos contos, onde reis governam e onde tudo é possível, Delícia a doceira surpreende-se diante de uma perda inesperada. Com esse ponto de partida, Marina Colasanti constrói a história de uma mulher que não abandona aquilo que ama, e sabe ser a um só tempo suave e cheia de determinação. A linguagem da autora, palpitante e gentil como a própria Delícia, envolve o leitor em encantamento até o final surpreendente.
A mão na massa
  • Ofélia, a ovelha, conto infantil:(1989) - Ofélia é uma ovelha mas não é nenhuma "Maria vai com as outras". Quando viu seu reflexo nas águas do riacho achou-se a mais feia e despenteada de todas as ovelhas. Antes de se entregar à tristeza, decidida e corajosa partiu em busca de uma solução. Quando encontrou na aldeia uma pele de raposa, sedosa, brilhante e vermelha, ficou feliz da vida, pois finalmente iria mudar sua aparência. Mas ela não esperava que fosse tão difícil ser uma raposa. Tinha que fugir de caçadores e os pequenos animais fugiam dela. O texto nos remete às antigas fábulas, mas o toque moderno de Marina o faz leve e positivo, destacando que a coragem de sair em busca da auto-realização traz suas recompensas. Suas Ilustrações têm a textura de tapeçarias....
Ofélia , a Ovelha - 2ª Ed. 2000
  • Um amigo para sempre, conto infantil (1988) - Este livro traz uma história baseada em fato real. Luandino Vieira é um escritor angolano que lutou pela independência do seu país e por isso foi preso. Na prisão ele só podia sair da cela uma vez por dia. Nesses passeios, surge um passarinho que vem comer migalhas do seu pão. São meses de paciência para que a distância entre o homem e o pequeno pássaro desapareça. Até que um dia o passarinho não volta mais. Foi cumprir seu destino de liberdade, como o homem ainda vai cumprir.
  • O menino que  achou uma estrela, conto infantil (1988) - Numa bela manhã refrescante, depois de uma tempestuosa noite, o menino saiu para brincar e acabou encontrando uma inesperada visitante: uma estrela menina. A estrela, cinzenta e apagada, estava muito doente, justamente por isso o menino a levou para casa. E agora, como cuidar de uma estrela? O que será que ela come? Como fazê-la sarar? O problema era grande mas não faltava vontade de ajudar. Sensibilidade e espírito solidário são o foco principal desta obra. O tema original faz o leitor participar do texto, podendo até criar outras desafiantes situações.
  • O verde brilha no poço, conto infantil (1986) - O poço não é um poço comum, é o poço de ventilação de um prédio. Cercada de concreto e cimento, o trabalho da semente foi um trabalho de Hércules. Uma semente caiu no poço. Encontrando condições mínimas de sobrevivência, inicia seu trabalho de germinar e dar origem a uma árvore. Devagar, com a ajuda de um pequeno raio de Sol, a planta foi crescendo silenciosa e solitária. Quando suas folhas curiosas alcançaram as primeiras janelas, os moradores tomaram conhecimento de sua existência. A primeira reação foi típica dos desacostumados com a natureza: enumeraram todas as inconveniências de uma árvore. Entretanto, a beleza e o frescor do verde falaram mais alto. O milagre da vida e a reconciliação com a natureza constituem o foco do texto.
  • Uma estrada junto ao rio, conto infantil ( 1985) - Esta é a história de uma estrada menina, coberta de asfalto, que se estendia por um vale. Era uma estrada útil; por ela passavam carros, charretes, bicicletas, pessoas. Mas ela não se sentia feliz. Achava sua vida muito chata. Seu sonho era ser livre como um pequeno rio que corria ao seu lado. E tanto o admirou que decidiu imitá-lo. Com a ajuda da brisa, despenteou seu asfalto liso e brilhante, tornando-se toda encrespada. Mas, com esse seu novo jeito de ser, ela já não tinha utilidade para as pessoas. E também não conseguira se tornar um rio... Como ela encontraria sua identidade?
  • O Lobo e o Carneiro no sonho da menina, conto infantil ( 1985) - Ai! Que medo! Quem tem vontade de dormir quando um lobo feroz e intrometido sempre entra no seu sonho? Isso não pode continuar, alguém precisa reagir! Será a menina ou será o carneiro? 
O LOBO E O CARNEIRO NO SONHO DA MENINA
  • A menina arco ires, conto infantil (1984) - Em "A Menina Arco-íris", a capacidade inventiva e a aguçada sensibilidade de Marina Colasanti convidam o jovem leitor a mergulhar no reino do imaginário e a viver com a personagem Virgínia momentos de desprendimento do real e a recriação de outra realidade.Virgínia caiu na xícara de leite, e o mundo começou a mudar. Imagine o que aconteceu: Será que ela ficou toda branca?
  • Doze reis e a moça no labirinto do vento, contos de ada (1982) - Treze contos de fadas, que criam um universo mágico e intemporal que interage simbolicamente com nosso inconsciente. Tecer uma nova vida com um pedaço de linha; conviver com os sonhos; dar vida ao ser amado, podando uma roseira; saber que o próprio tempo cansa-se das coisas do mundo; conhecer reinos fantásticos e seus labirintos; comover-nos com o desespero da princesa que perdeu seu próprio reflexo; desvendar o mistério das garças encantadas que atraem homens para fora de suas aldeias; descobrir o que há por trás do rosto do Guerreiro; acompanhar um príncipe em sua longa viagem pelos mistérios do mundo; conhecer a bela moça que, com seus cabelos, uniu dois reinos distantes e saber do valor das palavras e do silêncio para o rei. Tudo isso belamente ilustrado com o traço firme da autora.
  • Uma ideia toda azul, contos de fada (1978) - Marina Colasanti escreve sobre fadas, reis, unicórnios, cisnes e princesas, pois, para a autora, é importante resgatar os contos de fadas nesse mundo de tecnologia avançada. São dez contos que nos falam do vento que traz notícias do mundo para o rei; da donzela que borda seu mundo particular; da princesa que desconhece que toda beleza precisa ser livre; de um unicórnio e sua paixão; da primeira e única idéia de um rei; da corça aprisionada; do eterno fiar de duas irmãs; da princesa e seu único amigo, seu próprio reflexo; de amores impossíveis e do rei que só queria ouvir boas notícias. Não são histórias para rir, apenas tocam os pontos mais sensíveis, às vezes até provocando algumas lágrimas – de compreensão, de solidariedade, de prazer em ler....
  • Zoológico, contos (1975) - ainda estou buscando informações sobre o título.
  • Eu sozinha (1968) - ainda estou buscando informações sobre o título.

Tenho muito mais para falar sobre Marina Colasanti...mas se você gostou do que leu aqui, tenho certeza que irá procurar mais por aí...

  • Visite AQUI o site da autora!
  • Mais um vídeo AQUI !!!

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